26 de novembro de 2007

Inteligência Coletiva

A partir dos estudos de Pierre Lévy, e dentre muitos de seus debates, surge o conceito de inteligência coletiva, que vem juntamente com os avanços tecnológicos e é veiculada através da internet.
A Inteligência Coletiva nada mais é que todo o acesso e interatividade que nos é permitido através das redes abertas de computação. O site de pesquisas Google é um ótimo exemplo, assim como as comunidades virtuais, dos fóruns, dos weblogs e wikis que nos dão acesso a todo tipo de informação, seja globais ou até mesmo pessoais como no Orkut e em constante atualização.
Um fator importante da inteligência coletiva é que ela nos permite a troca de idéias durante o aprendizado e a conexão com o outro nos dá segurança e facilita o saber.
E já atualizando, da própria inteligência coletiva surge a ação coletiva, onde um grupo de pessoas já inserido na rede, se reúne para ajudar o coletivo, permitindo lidar com o improviso lhes proporcionando flexibilidade na ação. Um exemplo foi no dia do Julgamento do Presidente Estrada, nas Filipinas, onde a inteligência afluente da população o ajudou em seu depoimento através de mensagens enviadas de celulares que conseguiram imobilizar em questão de minutos mais de um milhão de cidadãos diante do congresso.
As redes digitais, por sua vez, são hoje um fator chave para a compreensão da lógica da ação coletiva e de sua evolução. E as milhares redes disponíveis, constitui um fator também de importância do capital social e cultural existentes.

24 de novembro de 2007

Aí vem ela...


No dia 02 de dezembro de 2007 inicia-se no Brasil as transmissões da TV Digital.
Essa nova tecnologia de transmissão de sinais de televisão, além de uma melhor qualidade de imagem e som proporciona ao telespectador muitos outros benefícios, como a alta definição (ou HDTV), que fará com que os programas sejam transmitidos com uma maior nitidez e em formato de cinema, além de criar a possibilidade de se assistir tv dentro veículos (como carros, ônibus, barcos, etc.) em movimento sem que as imagens ou som falhe.
Mas não é somente a qualidade de imagem que faz da Tv digital um grande avanço, o sinal digital desenvolverá uma multiplicidade de canais, ou seja, mais canais poderão ser transmitidos na mesma faixa de freqüência, e até mesmo mais programas poderão ser exibidos simultaneamente em uma mesma emissora.
Se você acha que já está convencido de que a TV Digital é realmente uma tecnologia revolucionária, espere pelo maior de todos os benefícios trazidos por ela: a possibilidade de INTERATIVIDADE. Isso mesmo! O telespectador deixará de ser meramente um receptor passivo e terá literalmente o poder em suas mãos, pois através do controle remoto ele terá informações sobre a programação, poderá votar em enquetes, participar de games, e até COMPRAR pela TV, caso o conversor digital (set top box) ou televisão integrada esteja interligada a uma rede de telecomunicações.
A principal vitrine da publicidade brasileira está sofrendo mudanças. E isso é bom ou ruim? Eis a questão. As emissoras de tv acreditam que a multiplicidade de canais inviabilizaria a tv aberta e gratuita baseada em anúncios. Para os anunciantes toda essa mudança desenvolveriam novas e promissoras ferramentas de trabalho.
A publicidade terá que se adaptar a essa linguagem digital, que instala mudanças, como a possibilidade do telespectador pular os intervalos comerciais. Nesse caso, creio que a maior arma da publicidade, além da criatividade, será o marketing indireto e a duvidosa, mas inevitável abordagem dos pop-ups. Além da possibilidade de optar por não assistir os comerciais, o telespectador poderá montar sua grade de programação, assim o anunciante não compraria mais, portanto, uma inserção por horário, mas por programa, atingindo um público cada vez mais segmentado. Cotas publicitárias seriam desenvolvidas e destinariam a um número específico de telespectadores, cada vez que o anúncio fosse assistido, um valor seria pago pelo anunciante, e ao término da cota, outro anuncio seria exibido no lugar.
Mudanças radicais estão por vir, e será necessário que as agências estejam atentas à essas mudanças. Mas enquanto a Tv Digital não chega, cabe à publicidade brasileira dar uma definição a todo esse avanço tecnológico: desafio ou oportunidade?
Fontes: